Por: Guilherme Carvalho
“A interferência das entidades perversas na vida humana é de grande intensidade. Doenças físicas, emocionais, psíquicas, multiplicam-se, afligindo multidões que teimam em ignorar-lhes a gênese obsessiva, de natureza espiritual atormentadora” (FRANCO, 2023, P. 67).
A Cronista do Evangelho, Amélia Rodrigues, informa consonante a Doutrina Espírita, de forma simples, a rotina de intercomunicação entre as dimensões física e Espiritual. Como todos somos Espíritos, individualidades portadoras de sua própria educação e regimento, estamos mais ou menos inclinados a estas afinidades psíquicas negativas, em suma, processos obsessivos.
Manoel Philomeno de Miranda, utilizando-se da ciência, corporifica-nos o conceito técnico da oração:
[...] o cultivo dos pensamentos edificantes, pela construção vibratória que se revestem, estimula os neurônios cerebrais a produzirem substâncias saudáveis e processamentos eletroquímicos, que facilitam as sinapses e viajam pelo sistema circulatório, vitalizando as células e auxiliando-as no processo de mitose harmônica” (FRANCO, 2015, P. 95).
Orar é conectar-se com Deus, estabelecer um vínculo que naturalmente já preexiste, porém, é pouco utilizado, porque requer da criatura o que não consegue encontrar-se na sociedade hodierna, concentração. Pela celeridade com que se passam os dias, na maior parte das vezes, mal vividos, em aturdimento mecânico os seres humanos dão vazão as suas más inclinações, motivo principal das encarnações.
É a oração o Divino Lenitivo para o espírito em aflição, justo por isto, que o Rabi da Galileia indicava a todos: “Vigiai e orai”, dando mostras através de sua conduta ao retirar-se para reflexões e serenidade com o Mais Alto.
Nessa sugestão do Cristo, temos a chave para o equilíbrio biopsicossocioespiritual, que depende única e exclusivamente de nós mesmos. Processos obsessivos, apesar de dolorosos, devem ser enxergados como oportunidades para reorganização íntima, redirecionamento por meio da autoeducação.
Portanto, orar. Lembrar-se como filho de Deus, trazendo à tona sua própria luz para que ela brilhe, ajudando aqueles que estão alheios na escuridão. Jesus, o Farol Guia, pede-nos encorajamento, porque seguindo-O teremos dores e aflições, porém, com Ele tudo nos será aliviado.
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Referências:
1- FRANCO, Divaldo Pereira. Trigo de Deus. Salvador/BA: LEAL, 2023.
2- FRANCO, Divaldo Pereira. Reencontro com a vida. Salvador/BA: LEAL, 2015.
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